PROJETO

RUMO A UMA GESTÃO HÍDRICA PARTICIPATIVA DAS ÁGUAS DO TAPAJÓS

Povos e comunidades pela defesa dos rios e da vida

O projeto Rumo a uma Gestão Participativa da Água na Bacia do Tapajós é uma iniciativa conjunta do WWF-Brasil, Movimento Tapajós Vivo (MTV), Federação dos Povos Indígenas do Estado do Pará (FEEPIPA) e Instituto Centro de Vida (ICV), com apoio do WWF-Alemanha e do Ministério Federal Alemão de Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ). A ação acontece entre 2023 e 2026, com foco em promover uma gestão democrática e inclusiva das águas na bacia do rio Tapajós.

OBJETIVO

Fortalecer a participação política dos povos indígenas e comunidades tradicionais (PICTs) nos processos de gestão dos recursos hídricos, assegurando que suas vozes e saberes sejam reconhecidos nas decisões que afetam seus territórios e modos de vida.

Por que é importante

A bacia do Tapajós, que abrange partes dos estados do Pará, Mato Grosso, Amazonas e Rondônia, é um dos últimos grandes corredores livres de barragens da Amazônia. Nela vivem mais de 30 povos indígenas e inúmeras comunidades tradicionais, profundamente conectadas ao rio.

No entanto, a expansão de hidrelétricas, mineração e agronegócio ameaça os ecossistemas e as formas de vida da região, agravando conflitos sobre o uso e a qualidade da água.

O que o projeto faz

  • Capacitação de lideranças e jovens indígenas e ribeirinhos sobre gestão de recursos hídricos e direitos territoriais.
  • Formação de uma Rede de Bacias dos Povos e Comunidades Tradicionais, que reúne organizações e movimentos locais em defesa dos rios.
  • Articulação com órgãos públicos e comitês de bacia, para incluir a participação dos povos nos espaços de decisão.
  • Produção de pesquisas e mapeamentos sobre conflitos e políticas hídricas no Tapajós.
  • Promoção da igualdade de gênero, com protagonismo das mulheres indígenas e ribeirinhas na liderança das ações.

IMPACTOS ESPERADOS

  • Criação de uma base sólida para a gestão participativa da água na bacia do Tapajós.
  • Fortalecimento das organizações locais e das lideranças indígenas.
  • Ampliação do diálogo entre comunidades, poder público e sociedade civil.
  • Maior consciência sobre o direito à água como bem comum e sagrado.

LEGADO

O projeto busca deixar como legado uma governança hídrica democrática, com a participação efetiva dos povos da floresta na  defesa dos rios amazônicos. Ele representa um passo decisivo na construção de modelos sustentáveis de gestão da água que respeitem a natureza, a cultura e a vida das populações tradicionais do Tapajós.