A Formação em Defensores e Defensoras das Águas do Tapajós nasce como parte do projeto “Rumo a uma gestão participativa da água para o Tapajós”, realizado pelo Movimento Tapajós Vivo (MTV), Instituto Centro e Vida (ICV), Federação dos Povos Indígenas do Pará (FEPIPA) e WWF-Brasil.
O objetivo maior é fortalecer a atuação de povos indígenas, ribeirinhos, quilombolas e comunidades tradicionais nos espaços onde se debatem e decidem os rumos das águas do Tapajós. Queremos que as vozes que vivem o território sejam reconhecidas, valorizadas e ouvidas nos processos políticos que impactam os rios e as formas de vida da região.
A bacia do Tapajós é palco de disputas, projetos de grande impacto, pressões ambientais e desafios históricos de participação social. Ao mesmo tempo, é um território de conhecimentos profundos, espiritualidade, diversidade cultural e resistência.
Para fortalecer essa presença nos espaços de decisão, a formação:
A formação é direcionada a povos indígenas e comunidades tradicionais da bacia hidrográfica do Tapajós. Não é uma inscrição aberta ao público:
as turmas são indicadas por organizações locais das regiões do Teles Pires, Médio, Alto e Baixo Tapajós.
Ao todo, serão 50 participantes, divididos em duas turmas (2024 e 2025), contemplando:
três encontros presenciais em Santarém (5 dias cada)
As indicações seguem critérios como disponibilidade, engajamento, vivência comunitária e interesse na defesa das águas.
A formação é conduzida pela Escola de Militância Socioambiental da Amazônia (EMSA), vinculada ao Movimento Tapajós Vivo, em parceria com professoras e professores do ICTA/UFOPA.
A turma de 2024 tem duração de quatro meses e conta com:
três encontros presenciais em Santarém (5 dias cada)
momentos de acompanhamento e estudo online
atividades práticas, dinâmicas de grupo, mapeamentos e produções coletivas
Os conteúdos são organizados em dois módulos:

Apresenta temas como história da Amazônia, mudanças climáticas, realidade socioambiental da bacia, usos culturais da água, conflitos hídricos e noções iniciais de democracia, Estado e participação social.

Aprofunda ferramentas legais, políticas públicas, instrumentos de participação, legislações da água, estudo de casos e caminhos para incidência política efetiva.
A formação nasce de um processo coletivo que envolve oficinas, reuniões, escutas e diálogos com movimentos sociais, universidades, lideranças e organizações do território.
Sua apresentação pública ocorreu durante o Encontro das Águas, em junho de 2024, reunindo mais de 50 lideranças do Tapajós, Teles Pires e Juruena.
É um curso vivo, que se adapta, aprende com cada turma e fortalece um projeto maior: a construção de uma frente unificada pela proteção dos rios do Tapajós e pela ampliação da participação social na gestão das águas.
A Formação em Defensores e Defensoras das Águas do Tapajós reafirma o compromisso com:
a defesa dos rios como fonte de vida, cultura e espiritualidade;
a valorização dos saberes locais;
o fortalecimento das lutas territoriais;
a democratização da participação e da informação;
a construção de uma Amazônia onde os povos decidam sobre seu próprio futuro
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