PROJETO

CLIMOU

MULHERES PELA JUSTIÇA CLIMÁTICA

A campanha Climou Mulheres Pela Justica Climática, realizada em outubro de 2023 pelo Movimento Tapajós Vivo (MTV), em parceria com a Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais (AMTR) e o Coletivo Jovens Tapajônicos, teve como objetivo fortalecer o engajamento de mulheres e jovens na defesa dos territórios e da justiça climática. A ação fez parte do projeto IARA, da Purpose Brasil.

O QUE BUSCAMOS

A campanha nasceu da constatação de que as mulheres do Baixo Tapajós ainda enfrentam barreiras para acessar espaços de debate sobre a crise climática, mesmo estando entre as mais afetadas por seus impactos. O propósito foi criar momentos de diálogo, troca e formação para ampliar o conhecimento sobre justiça climática e gênero, valorizando as experiências e saberes locais das mulheres ribeirinhas, extrativistas e agricultoras.

O que realizamos

Durante o segundo semestre de 2023, o Movimento Tapajós Vivo e suas parceiras realizaram ações presenciais nos territórios, chamadas de piracaias, e encontros formativos como o Festival Climou Tapará e o Piracaião na Resex Tapajós-Arapiuns. Essas ações reuniram mais de 150 mulheres de diferentes comunidades da região, fortalecendo redes de solidariedade e liderança feminina. Principais atividades:
  • Piracaias em Bragança, Eixo Forte e Ituqui — rodas de conversa, oficinas e trocas sobre mudanças climáticas e justiça ambiental;
  • Festival Climou Tapará — encontro com vivências e debates sobre o papel das mulheres no enfrentamento à crise climática;
  • Piracaião na Resex Tapajós-Arapiuns — encerramento da campanha com diálogo intergeracional entre juventudes e mulheres rurais.

Impactos e resultados

Os dados coletados durante as atividades mostraram um impacto direto na ampliação do conhecimento sobre justiça climática:

  • 47% das mulheres rurais ouviram pela primeira vez o termo durante as piracaias;
  • Após as atividades, 96% afirmaram compreender o conceito e se sentir preparadas para falar sobre ele em suas comunidades;
  • Entre as mulheres jovens da Flona e da Resex, 90% já reconheciam os efeitos das mudanças climáticas em seus territórios.
IMG_0328 (2)

Durante o Festival Climou Tapará, uma das participantes relatou como participar do encontro foi libertador — sair da rotina doméstica e descobrir a importância de ocupar espaços coletivos e discutir o futuro da Amazônia.

Parcerias e aprendizados

A campanha foi construída em colaboração entre o Movimento Tapajós Vivo, a AMTR e o Coletivo Jovens Tapajônicos, articulando públicos distintos — mulheres adultas, juventudes e lideranças locais. Essa parceria foi essencial para a mobilização territorial, a produção de conteúdos conjuntos e a visibilidade nas redes sociais, ampliando o alcance da campanha.

LEGADO E CONTINUIDADE

O IARA 2023 deixou como legado mulheres mais informadas, confiantes e organizadas para liderar processos de transformação climática e social no Baixo Tapajós. A campanha também inspirou a continuidade das ações — com planos de ampliar o debate sobre justiça climática, divulgar os materiais produzidos e fortalecer a presença das mulheres nos espaços de decisão e formação.